Temas-intertextualidade, variedade linguística, vozes verbais, concordância
(Fuvest-2004) Capitulação
Delivery
Até pra telepizza
É um exagero.
Há quem negue?
Um povo com vergonha
Da própria língua
Já está entregue. (Luís Fernando Veríssimo)
a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua resposta.
a) Sim. “Capitulação” significa submissão, e o autor entende que o povo tem vergonha da própria língua (“com vergonha / Da própria língua”), e, portanto, capitula diante da invasão dos estrangeirismos.
b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também a “telepizza”? Justifique sua resposta.
Segundo o autor, não. Primeiro, porque o termo delivery poderia ser facilmente substituído por expressões da língua portuguesa, como entrega em domícilio; segundo, pelo uso da expressão ‘até’.
2-) Os 2 anos de tiras de jornal apoiam-se em enrascadas criadas pelo próprio Zé com suas mentiras, sempre atrás de
algum negócio fácil e lucrativo e de um rabo-de-saia, precisando criar novas mentiras para safar-se com as penas
intactas.
Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem que o termo destacado no enunciado representa.
(A) personificação
(B) sinestesia
(C) paradoxo
(D) animalização
(E) metáfora
resposta E
3-(...) Contemplava extasiada o céu cor de anil. E eu fiquei compreendendo que eu adoro o meu Brasil. O meu
olhar posou nos arvoredos que existe no início da rua Pedro Vicente. As folhas movia-se. Pensei: elas estão aplaudindo
este meu gesto de amor a minha Pátria. (...) Toquei o carrinho e fui buscar mais papeis. A Vera ia sorrindo. E eu pensei
no Casemiro de Abreu, que disse: “Ri criança. A vida é bela”. Só se a vida era boa naquele tempo. Porque agora a
época está apropriada para dizer: “Chora criança. A vida é amarga”.
(Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2014, p. 35-36.)
Um traço do memorialismo na Literatura Brasileira é o interesse em publicar diário. Na Literatura Contemporânea, observa-
se o diário de Carolina Maria de Jesus como um marco. O livro, lançado em 1960, reproduz o diário da autora, narrando
seu cotidiano vivendo na pobreza na cidade de São Paulo dos anos 1940 e tentando vencer as dificuldades rotineiras por
meio da atividade da escrita. Nesse sentido, o efeito de texto pretendido por ela no fragmento acima pode ser caracterizado
como
(A) paródia.
(B) ironia.
(C) intertextualidade.
(D) paráfrase.
(E) metalinguagem.
resposta Intertextualidade
4-(Fuvest-1994) "A princesa Diana já passou por poucas e boas. Tipo quando seu ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o mundo." (Folha de S. Paulo, 5/11/93) No texto acima, há expressões que fogem ao padrão culto da língua escrita.
a) Identifique-as.
por poucas e boas; tipo quando; teve um love affair; lady; para Deus e o mundo
b) Reescreva-as conforme o padrão culto.
A princesa Diana já passou por momentos difíceis. Por exemplo, quando seu ex-marido Charles manteve um relacionamento extraconjugal com a senhora Camille, revelado mundialmente.
5- (Fuvest-2001) “As pessoas ficam zoando, falando que a gente não conseguiria entrar em mais nada, por isso vamos prestar Letras”, diz a candidata ao vestibular. Entre os motivos que a ligaram à carreira estão o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos. (Adaptado da Folha de S. Paulo, 22/10/00)
a) As aspas assinalam, no texto acima, a fala de uma pessoa entrevistada pelo jornal. Identifique duas marcas de coloquialidade presentes nessa fala.
As marcas são: Uso de 'a gente' em lugar de 'nós', mas fazendo a concordância com 'nós'. (a gente ...vamos prestar).Uso do verbo 'zoar'.
b) No trecho que não está entre aspas ocorre um desvio em relação à norma culta. Reescreva o trecho, fazendo a correção necessária.
Entre os motivos que a ligaram à carreira está o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos.
6-“O que dói nem é a frase (Quem paga seu salário sou eu), mas a postura arrogante. Você fala e o aluno nem presta atenção, como se você fosse uma empregada.” (Adaptado de entrevista dada por uma professora. Folha de S. Paulo, 03/06/01)
a) A quem se refere o pronome você, tal como foi usado pela professora? Esse uso é próprio de que variedade lingüística?
O pronome você está sendo usado de maneira generalizante, referindo-se a qualquer pessoa (às pessoas em geral). Esse uso é típico da linguagem oral, coloquial.
b) No trecho como se você fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminação social? Justifique sua resposta.
Sim. O fato de o aluno nem prestar atenção é colocado como algo bastante negativo para a professora e, ao mesmo tempo, como comum à empregada. Portanto, fica subentendido que o que a empregada fala não é merecedor de atenção.
Concordância
7- (Fuvest-1997) A única frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais do padrão culto é: a) A secretária pretende evitar que novos mandados de segurança ou liminares contra o decreto sejam expedidas.
b) O CONTRU interditou várias dependências do prédio, inclusive o Salão Azul, cujo o madeiramento do forro foi atacado por cupins.
c) O ministro da Agricultura da Inglaterra declarou que por hora não há motivo para sacrificar os animais.
d) A poucos dias da eleição, os candidatos enfrentam agora uma verdadeira maratona.
e) "Posso vencê-las, mesmo que usem drogas, pois não é isso que as tornarão invencíveis", declarou a nadadora.
D
Vozes Verbais
8- (Fuvest-2001) a) “Se eu não tivesse atento e olhado o rótulo, o paciente teria morrido”, declarou o médico.
Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre.
Se eu não estivesse atento e não tivesse olhado o rótulo, o paciente teria morrido.
b) A econologia, combinação de princípios da economia, sociologia e ecologia, é defendida por ambientalistas como maneira de se viabilizarem formas alternativas de desenvolvimento. Reescreva a frase acima, transpondo-a para a voz ativa
Ambientalistas defendem a econologia, combinação de princípios da economia, sociologia e ecologia, como maneira de viabilizar formas alternativas de desenvolvimento.
9-(Fuvest-1999) Amantes dos antigos bolachões penam não só para encontrar os discos, que ficam a cada dia mais raros. A dificuldade aparece também na hora de trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto. (Jornal da Tarde, 22/10/98, p. 1C)
a) Tendo em vista que no texto acima falta paralelismo sintático, reescreva-o em um só período, mantendo o mesmo sentido e fazendo as alterações necessários para que o paralelismo se estabeleça.
... a cada dia mais raros como também na hora de trocar...
b) Justifique as alterações efetuadas.
O paralelismo é estabelecido a partir da relação coordenativa de adição: não só... mas também.
10- (Fuvest-2003) Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui!
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz!
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
D
11-(Fuvest-2003) Eu te amo Ah, se já perdemos a noção da hora, Se juntos já jogamos tudo fora, Me conta agora como hei de partir... Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios, Rompi com o mundo, queimei meus navios, Me diz pra onde é que inda posso ir... (...) Se entornaste a nossa sorte pelo chão, Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu... (...) Como, se nos amamos como dois pagãos, Teus seios inda estão nas minhas mãos, Me explica com que cara eu vou sair... Não, acho que estás só fazendo de conta, Te dei meus olhos pra tomares conta, Agora conta como hei de partir... (Tom Jobim - Chico Buarque)
Neste texto, em que predomina a linguagem culta, ocorre também a seguinte marca da linguagem coloquial:
a) emprego de hei no lugar de tenho.
b) falta de concordância quanto à pessoa nas formas verbais estás, tomares e conta.
c) emprego de verbos predominantemente na segunda pessoa do singular.
d) redundância semântica, pelo emprego repetido da palavra conta na última estrofe.
e) emprego das palavras bagunça e cara.
A
12- (Fuvest-2002) MACUMBA DE PAI ZUSÉ Na macumba do Encantado Nego véio pai de santo fez mandinga No palacete de Botafogo Sangue de branca virou água Foram vê estava morta! É correto afirmar que, neste poema de Manuel Bandeira, a) emprega-se a modalidade do poema-piada, típica da década de 20, com o fim de satirizar os costumes populares. b) usam-se os recursos sonoros (ritmo e metro regulares, redondilha menor) para representar a cultura branca, e os recursos visuais (imagens, cores), para caracterizar a religião afro-brasileira. c) mesclam-se duas variedades lingüísticas: uma que se aproxima da língua escrita culta e outra que mimetiza uma modalidade da língua oral-popular. d) manifesta-se a contradição entre dois tipos de práticas religiosas, representadas pelas oposições negro × branco, macumba × pai de santo, nego véio × Encantado. e) expressa-se a tendência modernista de encarar a cultura popular como manifestação do atraso nacional, a ser superado pela modernização.
C
13-(Fuvest-2000) Orientação para uso deste medicamento: antes de você usar este medicamento, verifica se o rótulo consta as seguintes informações, seu nome, nome de seu médico, data de manipulação e validade e fórmula do medicamento solicitado. a) Há no texto desvios em relação à norma culta. Reescreva-o, fazendo as correções necessárias. b) A que se refere, no contexto, o pronome seu da expressão “seu nome”? Justifique sua resposta.
a) Orientação para o uso deste medicamento Antes de usar este medicamento, verifique se no (também é aceitável do) rótulo constam as seguintes informações: seu nome, o nome de seu médico, as datas de manipulação e de validade, e a fórmula do medicamento solicitado. b) O pronome “seu” faz referência à pessoa que comprou o medicamento. Essa conclusão é possível porque o pronome “seu” aparece, com o mesmo referente, na expressão “seu médico” e como não faz sentido que o remédio tenha um médico, o pronome “seu” só pode estar referindo-se ao leitor.
14- (Fuvest-2002) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe1 em Lisboa, sua pátria; aborrecerase porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia2 rechonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão3 . Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias) Glossário: 1 algibebe: mascate, vendedor ambulante. 2 saloia: aldeã das imediações de Lisboa. 3 maganão: brincalhão, jovial, divertido. No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em: a) aborrecera-se porém do negócio. b) de que o vemos empossado. c) rechonchuda e bonitota. d) envergonhada do gracejo. e) amantes tão extremosos.
C
15- (Fuvest-2000) Você pode dar um rolê de bike, lapidar o estilo a bordo de um skate, curtir o sol tropical, levar sua gata para surfar. Considerando-se a variedade lingüística que se pretendeu reproduzir nesta frase, é correto afirmar que a expressão proveniente de variedade diversa é a) “dar um rolê de bike”. b) “lapidar o estilo”. c) “a bordo de um skate”. d) “curtir o sol tropical”. e) “levar sua gata para surfar”.
B
(Fuvest-2004) Capitulação
Delivery
Até pra telepizza
É um exagero.
Há quem negue?
Um povo com vergonha
Da própria língua
Já está entregue. (Luís Fernando Veríssimo)
a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua resposta.
a) Sim. “Capitulação” significa submissão, e o autor entende que o povo tem vergonha da própria língua (“com vergonha / Da própria língua”), e, portanto, capitula diante da invasão dos estrangeirismos.
b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também a “telepizza”? Justifique sua resposta.
Segundo o autor, não. Primeiro, porque o termo delivery poderia ser facilmente substituído por expressões da língua portuguesa, como entrega em domícilio; segundo, pelo uso da expressão ‘até’.
2-) Os 2 anos de tiras de jornal apoiam-se em enrascadas criadas pelo próprio Zé com suas mentiras, sempre atrás de
algum negócio fácil e lucrativo e de um rabo-de-saia, precisando criar novas mentiras para safar-se com as penas
intactas.
Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem que o termo destacado no enunciado representa.
(A) personificação
(B) sinestesia
(C) paradoxo
(D) animalização
(E) metáfora
resposta E
3-(...) Contemplava extasiada o céu cor de anil. E eu fiquei compreendendo que eu adoro o meu Brasil. O meu
olhar posou nos arvoredos que existe no início da rua Pedro Vicente. As folhas movia-se. Pensei: elas estão aplaudindo
este meu gesto de amor a minha Pátria. (...) Toquei o carrinho e fui buscar mais papeis. A Vera ia sorrindo. E eu pensei
no Casemiro de Abreu, que disse: “Ri criança. A vida é bela”. Só se a vida era boa naquele tempo. Porque agora a
época está apropriada para dizer: “Chora criança. A vida é amarga”.
(Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2014, p. 35-36.)
Um traço do memorialismo na Literatura Brasileira é o interesse em publicar diário. Na Literatura Contemporânea, observa-
se o diário de Carolina Maria de Jesus como um marco. O livro, lançado em 1960, reproduz o diário da autora, narrando
seu cotidiano vivendo na pobreza na cidade de São Paulo dos anos 1940 e tentando vencer as dificuldades rotineiras por
meio da atividade da escrita. Nesse sentido, o efeito de texto pretendido por ela no fragmento acima pode ser caracterizado
como
(A) paródia.
(B) ironia.
(C) intertextualidade.
(D) paráfrase.
(E) metalinguagem.
resposta Intertextualidade
4-(Fuvest-1994) "A princesa Diana já passou por poucas e boas. Tipo quando seu ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o mundo." (Folha de S. Paulo, 5/11/93) No texto acima, há expressões que fogem ao padrão culto da língua escrita.
a) Identifique-as.
por poucas e boas; tipo quando; teve um love affair; lady; para Deus e o mundo
b) Reescreva-as conforme o padrão culto.
A princesa Diana já passou por momentos difíceis. Por exemplo, quando seu ex-marido Charles manteve um relacionamento extraconjugal com a senhora Camille, revelado mundialmente.
5- (Fuvest-2001) “As pessoas ficam zoando, falando que a gente não conseguiria entrar em mais nada, por isso vamos prestar Letras”, diz a candidata ao vestibular. Entre os motivos que a ligaram à carreira estão o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos. (Adaptado da Folha de S. Paulo, 22/10/00)
a) As aspas assinalam, no texto acima, a fala de uma pessoa entrevistada pelo jornal. Identifique duas marcas de coloquialidade presentes nessa fala.
As marcas são: Uso de 'a gente' em lugar de 'nós', mas fazendo a concordância com 'nós'. (a gente ...vamos prestar).Uso do verbo 'zoar'.
b) No trecho que não está entre aspas ocorre um desvio em relação à norma culta. Reescreva o trecho, fazendo a correção necessária.
Entre os motivos que a ligaram à carreira está o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos.
6-“O que dói nem é a frase (Quem paga seu salário sou eu), mas a postura arrogante. Você fala e o aluno nem presta atenção, como se você fosse uma empregada.” (Adaptado de entrevista dada por uma professora. Folha de S. Paulo, 03/06/01)
a) A quem se refere o pronome você, tal como foi usado pela professora? Esse uso é próprio de que variedade lingüística?
O pronome você está sendo usado de maneira generalizante, referindo-se a qualquer pessoa (às pessoas em geral). Esse uso é típico da linguagem oral, coloquial.
b) No trecho como se você fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminação social? Justifique sua resposta.
Sim. O fato de o aluno nem prestar atenção é colocado como algo bastante negativo para a professora e, ao mesmo tempo, como comum à empregada. Portanto, fica subentendido que o que a empregada fala não é merecedor de atenção.
Concordância
7- (Fuvest-1997) A única frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais do padrão culto é: a) A secretária pretende evitar que novos mandados de segurança ou liminares contra o decreto sejam expedidas.
b) O CONTRU interditou várias dependências do prédio, inclusive o Salão Azul, cujo o madeiramento do forro foi atacado por cupins.
c) O ministro da Agricultura da Inglaterra declarou que por hora não há motivo para sacrificar os animais.
d) A poucos dias da eleição, os candidatos enfrentam agora uma verdadeira maratona.
e) "Posso vencê-las, mesmo que usem drogas, pois não é isso que as tornarão invencíveis", declarou a nadadora.
D
Vozes Verbais
8- (Fuvest-2001) a) “Se eu não tivesse atento e olhado o rótulo, o paciente teria morrido”, declarou o médico.
Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre.
Se eu não estivesse atento e não tivesse olhado o rótulo, o paciente teria morrido.
b) A econologia, combinação de princípios da economia, sociologia e ecologia, é defendida por ambientalistas como maneira de se viabilizarem formas alternativas de desenvolvimento. Reescreva a frase acima, transpondo-a para a voz ativa
Ambientalistas defendem a econologia, combinação de princípios da economia, sociologia e ecologia, como maneira de viabilizar formas alternativas de desenvolvimento.
9-(Fuvest-1999) Amantes dos antigos bolachões penam não só para encontrar os discos, que ficam a cada dia mais raros. A dificuldade aparece também na hora de trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto. (Jornal da Tarde, 22/10/98, p. 1C)
a) Tendo em vista que no texto acima falta paralelismo sintático, reescreva-o em um só período, mantendo o mesmo sentido e fazendo as alterações necessários para que o paralelismo se estabeleça.
... a cada dia mais raros como também na hora de trocar...
b) Justifique as alterações efetuadas.
O paralelismo é estabelecido a partir da relação coordenativa de adição: não só... mas também.
10- (Fuvest-2003) Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui!
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho!
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz!
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
D
11-(Fuvest-2003) Eu te amo Ah, se já perdemos a noção da hora, Se juntos já jogamos tudo fora, Me conta agora como hei de partir... Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios, Rompi com o mundo, queimei meus navios, Me diz pra onde é que inda posso ir... (...) Se entornaste a nossa sorte pelo chão, Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu... (...) Como, se nos amamos como dois pagãos, Teus seios inda estão nas minhas mãos, Me explica com que cara eu vou sair... Não, acho que estás só fazendo de conta, Te dei meus olhos pra tomares conta, Agora conta como hei de partir... (Tom Jobim - Chico Buarque)
Neste texto, em que predomina a linguagem culta, ocorre também a seguinte marca da linguagem coloquial:
a) emprego de hei no lugar de tenho.
b) falta de concordância quanto à pessoa nas formas verbais estás, tomares e conta.
c) emprego de verbos predominantemente na segunda pessoa do singular.
d) redundância semântica, pelo emprego repetido da palavra conta na última estrofe.
e) emprego das palavras bagunça e cara.
A
12- (Fuvest-2002) MACUMBA DE PAI ZUSÉ Na macumba do Encantado Nego véio pai de santo fez mandinga No palacete de Botafogo Sangue de branca virou água Foram vê estava morta! É correto afirmar que, neste poema de Manuel Bandeira, a) emprega-se a modalidade do poema-piada, típica da década de 20, com o fim de satirizar os costumes populares. b) usam-se os recursos sonoros (ritmo e metro regulares, redondilha menor) para representar a cultura branca, e os recursos visuais (imagens, cores), para caracterizar a religião afro-brasileira. c) mesclam-se duas variedades lingüísticas: uma que se aproxima da língua escrita culta e outra que mimetiza uma modalidade da língua oral-popular. d) manifesta-se a contradição entre dois tipos de práticas religiosas, representadas pelas oposições negro × branco, macumba × pai de santo, nego véio × Encantado. e) expressa-se a tendência modernista de encarar a cultura popular como manifestação do atraso nacional, a ser superado pela modernização.
C
13-(Fuvest-2000) Orientação para uso deste medicamento: antes de você usar este medicamento, verifica se o rótulo consta as seguintes informações, seu nome, nome de seu médico, data de manipulação e validade e fórmula do medicamento solicitado. a) Há no texto desvios em relação à norma culta. Reescreva-o, fazendo as correções necessárias. b) A que se refere, no contexto, o pronome seu da expressão “seu nome”? Justifique sua resposta.
a) Orientação para o uso deste medicamento Antes de usar este medicamento, verifique se no (também é aceitável do) rótulo constam as seguintes informações: seu nome, o nome de seu médico, as datas de manipulação e de validade, e a fórmula do medicamento solicitado. b) O pronome “seu” faz referência à pessoa que comprou o medicamento. Essa conclusão é possível porque o pronome “seu” aparece, com o mesmo referente, na expressão “seu médico” e como não faz sentido que o remédio tenha um médico, o pronome “seu” só pode estar referindo-se ao leitor.
14- (Fuvest-2002) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe1 em Lisboa, sua pátria; aborrecerase porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia2 rechonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão3 . Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias) Glossário: 1 algibebe: mascate, vendedor ambulante. 2 saloia: aldeã das imediações de Lisboa. 3 maganão: brincalhão, jovial, divertido. No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em: a) aborrecera-se porém do negócio. b) de que o vemos empossado. c) rechonchuda e bonitota. d) envergonhada do gracejo. e) amantes tão extremosos.
C
15- (Fuvest-2000) Você pode dar um rolê de bike, lapidar o estilo a bordo de um skate, curtir o sol tropical, levar sua gata para surfar. Considerando-se a variedade lingüística que se pretendeu reproduzir nesta frase, é correto afirmar que a expressão proveniente de variedade diversa é a) “dar um rolê de bike”. b) “lapidar o estilo”. c) “a bordo de um skate”. d) “curtir o sol tropical”. e) “levar sua gata para surfar”.
B
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